Rinoplastia: um detalhe pode fazer a diferença na vida das pessoas
Rinoplastia: um detalhe pode fazer a diferença na vida das pessoas
*Por Marcelo Norio Inada
Muitas vezes nos olhamos no espelho e achamos que o nariz não está em sintonia com a aparência, seja porque é torto, grande ou pequeno para as proporções da face. Para resolver o problema, é indicada a rinoplastia, plástica para correção da deformidade nasal. Considerada uma das cirurgias mais realizadas no Brasil, a recomendação é que seja feita a partir dos 16 anos, de acordo com Marcelo Norio Inada, cirurgião plástico, especialista pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
De acordo com o especialista, o procedimento também é indicado para pessoas que nasceram com alguma deformidade, como lábios fissurados ou leporinos. Nestes casos, recomenda-se a reparação mais precoce a fim de corrigir as alterações antes que se dê o desenvolvimento. Outra possibilidade é fazer a rinoplastia em pessoas que se sentem incomodadas com o formato do nariz, prejudicando sua autoestima.
“As mulheres ainda são a maioria, mas ultimamente o número de homens que procuram a rinoplastia vem aumentando muito”, explica Marcelo.
Quando o nariz é desproporcional ao rosto, ele fica extremamente perceptível e dificilmente ocultável. Por exemplo, um leve aumento no dorso faz com que a pessoa nunca tire fotos de perfil. Ou um “nariz de bruxa”, com a ponta caída. A cirurgia nestas pessoas faz com que elas aumentem sua autoestima e se sintam mais bonitas e autoconfiantes, podendo até influenciar em seus trabalhos e nos seus relacionamentos.
Inada explica que “não existe nariz perfeito. Qualquer pessoa, mesmo a que tenha o nariz mais bonito de todos, aos olhos de um especialista em rinoplastia, poderá apontar alguma assimetria. Isso porque todos nós temos um lado diferente do outro. Muitas pessoas não reparam em tais diferenças e após suas cirurgias, passam horas em frente ao espelho comparando um lado ao outro, procurando a simetria que nunca existiu”.
Além disso, o nariz pode ser a diferença entre uma pessoa feia e bonita. O cirurgião deve ser minucioso aos mínimos detalhes podendo modificar desde um dorso elevado, ou baixo, melhorar o ângulo da ponta nasal, ou “arrebitar”, deixar a ponta mais delicada no caso de uma ponta nasal arredondada, conhecida como nariz em forma de “batata”, e pode até para melhorar uma assimetria nasal. A cirurgia também pode corrigir os defeitos congênitos provocados por trauma, por câncer de pele e também para resolver os problemas respiratórios.
A cirurgia plástica moderna prioriza hoje resultados funcionais e estéticos, exigindo do cirurgião uma meticulosa avaliação pré-operatória para a execução de um cuidadoso plano cirúrgico com precisão e suavidade. Muitas vezes é necessária a correção conjunta dos problemas respiratórios no mesmo ato cirúrgico, como no caso do desvio de septo ou dos cornetos hipertrofiados.
Com relação ao resultado, alguns pacientes já o apresentam em torno de dois meses, outros necessitam de pelo menos seis meses para a diminuição do inchaço, mas o resultado final somente é alcançado após um ou até dois anos da cirurgia.
Recomendações pós-cirurgicas:
– Repouso;
– Nos primeiros dois dias é conveniente a ingestão somente de alimentos frios e utilização de compressas frias para diminuir o hematoma e o edema;
– Não praticar atividades físicas para não aumentar o edema por pelo menos um mês e atividades em que possa haver contato por 2 meses;
– Manter a cabeceira da cama elevada em torno de 30 graus também ajuda a diminuir o inchaço;
– Fica proibida a utilização de óculos podendo comprometer toda a cirurgia;
– Outro fator importante é evitar a exposição solar, pois os pigmentos do hematoma podem se fixar, causando uma mancha ao redor dos olhos.
*Marcelo Norio Inada é cirurgião plástico formado pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília. Possui especialização em Cirurgia Plástica pelo Hospital dos Defeitos da Face e em Oncologia Cutânea pelo Hospital AC Camargo, onde é médico Titular Cirurgião Plástico da Equipe de Oncologia Cutânea. É especialista pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.